quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Conversa no Espelho – Quanto vale o amor?

Eu estou meio sem tempo de postar aqui, como já perceberam, e decidi postar aqui um texto que escrevi em um momento de tédio, refletindo em coisas que as pessoas falam e falando sozinho em minha mente quando veio a inspiração justamente de ficar falando consigo mesmo em escrever um texto de um homem que falava com seu reflexo no espelho. Um diálogo meio maluco, mas que tem como inspiração o tema amor. Postei este texto no fórum Lendas Infinitas originalmente. Agora segue o texto em si...

Um jovem homem estava parado em frente a um espelho. Ele estava se questionando se sua bela e amada namorada o amava tanto quanto ele a amava, pois precisava ter certeza para tomar uma importante decisão, quando...

- O quanto será que ela me ama? – Perguntara o homem a si mesmo no espelho com uma expressão triste.

- O “quanto” ela o ama? Queres quantificar o amor? – Respondeu o reflexo no espelho ao homem, este se assustando de início, logo respondeu a pergunta.

- Não quero quantificar, não me importa o tamanho dele, mas quero compará-lo...

- Compará-lo com o que?

- Com o meu amor por ela. Preciso saber se ela me ama do mesmo modo que eu a amo.

- Mas amor não se comparar, não se mede. Se aceita ou se recusa, somente isso. Não achas?

- Acho, pelo menos achava. Mas noto que ela não me trata como eu a trato. Não age como eu queria que ela agisse comigo...

- Aí está o ponto! Você quer que ela o ame do seu modo ou do modo que você quer que ela ame?

- Do modo dela... – Respondeu o homem meio titubeante em suas palavras.

- Não sinto convicção em ti. É o que você no fundo deseja?

- Não sei... Eu esperava que ela agisse como eu ajo com ela. É o que eu imagino como expressão de amor. É a minha visão de gostar, de querer, de amar...

- Dissestes bem. És a minha visão. Não que ela seja a visão correta, a visão absuluta. Mas essa resistência existe justamente por querer que as coisas sejam como você quer, como idealizou. No final, quer moldar o amor que ela sente por ti para que o agrade, não estou certo?

- Não sei... Não creio que eu seja tão mesquinho assim...

- Não que sejas mesquinho, mas apenas... egoísta. Você está dando esperando receber algo igual em troca. Mas não estas preparado para receber algo que ela considere equivalente, mas não igual. Só em estar deixando na mão dela a escolha do que é equivalente já pode gerar dúvidas. Mas amor não é também composto por confiança?

- Sim, é... Será que tenho que confiar mais nela e no amor dela? Não posso dizer o que espero receber dela?

- Se disseres o que espera receber será que será... espontâneo?

- Creio que... não... – o semblante do jovem se entristece, pois lembrara que havia sempre sugerido como queria ser tratado por sua namorada e pouco havia perguntado a ela como ela queria ser tratada.

- Não se entristeça. Isso é mais normal que pensas... Mas deves lembrar-se de que amor é algo estritamente subjetivo. Muitos não acreditam nele. Outros acreditam que seja algo divino, mas cada um, mesmo que seja semelhante em alguns pontos, tem sua visão particular do amor. Portanto se exigir que o amor dela seja como você espera, o que estará fazendo?

- Moldando-o.

- Exatamente... Você receberá algo que está amarrado a correntes que tu mesmo colocastes. Vai receber o que espera, mas não terá a surpresa do inesperado! Não vai receber um amor livre, que gere algo que não contava!

- Realmente... Se eu o moldar, deixarei de me surpreender com atos como nunca esperava... – O jovem lembra-se que nunca havia imaginado receber flores de sua namorada em seu aniversário de namoro, como ela fez quando completaram o primeiro ano juntos.

- E o que acontece quando você começa a vivenciar algo que já sabe o que vai acontecer sempre?

- Vem o tédio e a monotonia...

- Isso mesmo. Depois reclamam que o amor esfriou ou morreu. Mas esquece que foste tu mesmo quem o acorrentou, impedindo que florescesse. Foste tu mesmo quem quis medi-lo, impondo limites que você conhecia mas não deixou o amor dela quebrar ou simplesmente mostrar limites ainda maiores para o amor que você conhecia... E no final, colocaria a culpa no amor dela que não era igual ao seu...

- É... Tens razão... Não tem sentido eu questionar o quanto ela me ama. Apenas aceitar como ela me ama...

- E ver se a forma que ela te ama te faz feliz. Se estás feliz, o que importa se ele é maior ou menor? Ele pode ser menor em tamanho, mas pode ser mais forte que imagina...

- Estas certo meu reflexo! Agora mesmo irei comprar as alianças e pedi-la em casamento. Origado!

- Não me agradeça. Agradeça a si mesmo por parar e se ouvir... – Respondeu o reflexo, sumindo juntamente com o jovem, que saiu correndo pela porta com um sorriso largo em seu rosto e olhos reluzindo o brilho da alegria.

Sorte do dia by orkut: Faça uma boa ação por alguém hoje

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Financiamento do crime

"Acho isso uma besteira. É difícil dizer que o usuário financia o tráfico. As armas que são usadas nas favelas do Rio de Janeiro, por exemplo, são russas, iraquianas e americanas. Não tem um usuário que leva lá. A gente tem uma polícia corrupta. Todo mundo tem culpa nisso." Marcelo D2 para o Jornal Extra no dia 22/09/09.

Começo o assunto justamente citando na íntegra o que fora publicado no jornal citado como sendo declarações do nosso famoso músico que tem 18 processos por apologia ao uso de maconha, dado também citado pelo jornal. Bem, sabemos que não é de hoje que o D2 defende a legalização da maconha, assim como algumas pessoas também a defendem, o que por um lado tem até certa lógica, já que o governo ganha dinheiro recolhendo impostos sobre "drogas legais", que são o álcool e o cigarro.

Bem, se maconha faz ou não mal a saúde, se ela vicia ou não mais que o cigarro, eu não entrarei no mérito da questão, pois tem estudiosos no assunto que podem saber se vale ou não vale a pena o governo legalizar a maconha. Mas vamos fazer um simples exercício mercadológico e notar o absurdo citado pelo cantor e compositor citado...

Se alguém financia uma pessoa, significa que esta mesma pessoa recebe dinheiro do tal alguém. O tal alguém não precisa entregar o material, até porque ele deixaria de ser financiador para fornecedor, uma diferença clara. Então seguindo no mesmo rumo, imaginamos o tráfico de drogas pelo simples âmbito de um comércio clandestino, que como todo o comércio segue a famosa lei do mercado de oferta e procura. Portanto se eu compro uma droga, estou dando dinheiro ao traficante, então é mais que óbvio que estou financiando-o.

Se a quantidade de financiamento é grande ou pequena, como qualquer comércio no mundo, depende de quem oferta, a raridade e qualidade do produto, e o principal: poder aquisitivo do consumidor! É mais que claro que aquele desempregado que é viciado em cocaína não terá como manter seu vício, exceto que ele venha a fazer "serviços" secundários, como roubar, tomar conta de boca de fumo e outros meios ilegais, para assim manter seu vício. Mas os "playboys" que possuem dinheiro para queimar em drogas, eles não querem saber quanto custa a droga, desde que seja de "alta qualidade". Portanto eles são na realidade os maiores financiadores do crime organizado.

Os fuzis, pistolas, revólveres, grandas e até bazucas trazidas de fora pode e deve ter policiais corruptos envolvidos, pois trazer estes produtos pelas fronteiras federais e estaduais sem levantar suspeitas é no mínimo... suspeito. Entretanto vale lembrar que o mercado bélico é um dos mais rentáveis e ferozes que existem no mundo e ninguém iria "doar" armamentos para traficantes brasileiros. Para que as armas chegem até eles, precisam comprar. Com que dinheiro eles compram?! Com o dinheiro do tráfico de drogas, que por sua vez não são necessariamente produzidos em nosso país, mas para tudo isso tem seu lucro e portanto com o lucro os traficantes podem "expandir territórios" ou "proteger suas áreas de domínio". Não muito difere de certos países por aí...

Mas aí o leitor deve estar se perguntando: se é tão óbvio porque tantas pessoas, assim como o D2, tentam "inocentar" o usuário da culpa no aumento da criminalidade e do poder do tráfico? E eu respondo que isto é um movimento dos que possuem maior status social tentarem desvencilar e aliviarem as penas de seus semelhantes, geralmente os filhos, de serem taxados como "drogados", "bandidos" ou simples "financiadores do tráfico". Claro que considero que usuário deve ser tratado de modo diferenciado no que conta em tratamento, pois um usuário dependente é diferente de um traficante. Entretanto os usuários são tão cúmplices quanto os fornecedores de armas para os traficantes para o aumento da criminalidade. Isso sem contar nos crimes que eu chamaria de secondários, como um cara "doidão" agredir ou matar alguém, consciente ou inconscientemente. Mas como os maiores financiadores mesmo tem certo poder aquisitivo e se sentem melhores que os que moram na favela e só porque não seguram um fuzil ou fazem trabalho de "aviãozinho" para suprir seu vício, querem se sentir "afastados" da situação que ajudaram a instaurar e alimentam com seu dinheiro.

No final das contas, usuário financia o tráfico, assim como o cliente do McDonald's financia o BigMac. Se eu compro o produto, é claro que estou financiando a compra de algo, nem que seja matéria prima para novos produtos, para o que está me vendendo, já que o significado da palavra financiar no Aurélio significa fornecer dinheiro, fundos, capitais; custear as despesas, a compra de alguma coisa. A verdade precisa ser encarada de frente para que a sociedade realmente mude de atitudo e não tentar maquiá-la...

Sorte do dia by orkut: Simplicidade é o que há de mais sofisticado

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Seu carro é seu Gundam?

Por mais estranho que possa parecer, muita gente acha que seu carro é um Gundam, um poderoso robo gigante construído para batalhas. Pelo menos é assim como muitos se comportam ao se sentarem atrás do voltante de um automóvel. Parece que são superiores aos demais e podem fazer qualquer coisa com isso. Se sentem também mais atraentes e irresistíveis. Tanto que até hoje tem lugares e grupos que consideram aquele que tem um carro possante "o cara".

Interessante que de certo modo tem uma certa razão, pois um carro é veículo pesado, de mais de uma tonelada, e potente, pois pode atingir facilmente 60 km/h, uma velocidade bem "babaca" mas que ao colidir o impacto proporcional a velocidade ao quadrado e multiplicada pelo peso do veículo. Tais características transformam este simples veículo de transporte em uma potente arma contra quem está a pé e até quem está em outros veículos, já que uma simples colisão em uma velocidade considerada baixa para muitos, pode matar facilmente se no momento da colisão for uma pessoa. Então a pergunta simples é, por que com um objeto tão perigoso ainda tem gente que insiste em beber e dirigir?

Essa semana fiquei assustado com uma reportagem que foi exibida no Jornal Nacional, onde um motorista mineiro, embriagado, ao ser abordado por policiais, já que demonstrava estar alcoolizado claramente, partiu em desparada, dando início a uma perseguição pelo centro da cidade. Este ser inconsequênte causou ao longo de sua fuga três acidentes, sendo que um deles o famigerado atropelou uma mulher que andava pelas ruas e NADA tinha a ver com a história. Ela acabou morrendo de imediato, sendo que o motorista sequer prestou socorro e continuou fugindo. Ou seja, por conta de um ato um tanto ridículo, uma família provavelmente foi destruída.

O mesmo acontece para aqueles que insistem em desafiar os limites de velocidade, acelerando como se a vida fosse um video game, como GTA por exemplo. Não sei o motivo específico, mas sei que a velocidade sempre mexeu com o ser humano e ainda mais quando se está com álcool no sangue, esta mistura é terrível. Muitos fazem isso para simplesmente aparecer para outros, para aparecerem mesmo. Já vi alguns dizerem que é frustação, muitas sexuais, e portanto uma projeção disso em algo que lhe dá um sentimento de poder. Outros dizem que simplesmente a sensação de poder nua e crua. Como o carro é algo legal de maior facilidade, é o que ocorre. O mesmo seria em certos lugares com a posse de uma arma, como em áreas dominadas pelo tráfico, onde jovens querendo esse "poder" entram para a vida de crime, mesmo sabendo que é uma vida sem muito futuro, onde eu dirinha nenhum na verdade.

O mais chato de quem fica vendo essas barbaridades é ver que existe a lei seca que impede o motorista que ingeriu alguma bebida alcoolica de dirigir na prática não é muito eficaz, já que se o motorista bêbado se recusar a fazer o teste do bafômetro ele também pode se negar a fazer exame de sangue, tudo porque uns juizes interpretaram que o cidadão pode se recusar a fazer um exame pos estaria fornecendo prova contra si mesmo. A pergunta que fica no ar é se os tais juízes já tiveram um conhecido ou parente atropelado? Nem pergunto se a pessoa morreu, mas se foi atropelado porque um ser estava embriagado. O pior que destes que se recusaram, quase a totalidade deles foram inocentadas depois. Um completo absurdo como as coisas são encaminhadas nesse país, fazendo leis que poderiam fazer diferença virarem uma verdadeira piada.

Só fica o lembrete que seu carro não é um Gundam, logo mesmo o motorista está passível de morrer em um acidente. Ou mesmo perder membros da família para outros motorista bêbado. Acho que se todos na sociedade não estivessem tão desapegados a vida alheia, a violência em uma escala geral seria menor. Noto que a sociedade brasileira aos poucos caminha para um estado de total desapego e respeito a vida se continuar assim. Espero que esse quadro mude, pois acredito que pode-se mudar, mas vendo casos de violências, desde no trânsito a criminais, é triste ver como a cada dia cada um dá menos valor a vida e que as autoridades não conseguem mudar e acabam até se contaminando, gerando violência policial. O fato é que violência gera mais violência, em qualquer escala e âmbito...

Sorte do dia by orkut: Compartilhe sua felicidade com os outros hoje mesmo

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Xô Capeta!

Hoje eu simplesmente abandonei novamente a minha conta no deviantART e dessa vez é em definitivo. Deletei todos meus trabalhos submitidos que eram possíveis de deletar, pois alguns foram indevidamente bloqueados, motivo que me motivou a sair daquele antro de gente antiquada, limitada e que chega a ser idiota. Não os usuários, pois tem muita gente boa, competente e talentosa, além de uns bem simpáticos, gente que até sentirei saudades mesmo. Mas infelizmente um site é não só reflexo dos usuários, mas também da administração e moderação.

Simplesmente eu abri a minha conta hoje para verificar se haviam algumas atualizações dos artistas que gosto de seguir lá e simplesmente me deparo com 25 notificações. Eram fruto de um desocupado babaca que simplesmente apertou sem motivo aparente o botão de "report violation" e me acusou de ladrão de arte! Com certeza tem ou outro trabalho que é inspirado em imagens escaneadas originais, como o acima de Umineko, é são passíveis de discussão sobre violação de copyright. Mas daí a dizer que estou roubando um wallpaper já feito acho exagero...

Mais ainda é me acusarem de roubar um wallpaper criado por mim, com ideias originais minhas, tanto que vi outros wallpapers de outros temas que simplesmente apontavam para o meu wallpaper pois eles haviam se inspirado na ideia, que é mto legal mesmo. Ideia que surgiu ao ver umas ilustrações dos cards de Baccano que eram dados de brinde no DVD do anime. Além desse wallpaper, que é verdadeiramente o meu xodó por assim dizer, também reportaram outros wallpapers, como o do Tsukasa Jun que está abaixo.

Como já passei por situação similar a 2 anos atrás no próprio deviantART pelos mesmos motivos, de moderação tapada não saber distinguir o que é fanart de roubo de arte, o moderador do site simplesmente bloqueou meus wallpapers e alguns ID's de modo arbitrário, dizendo que eu deveria mostrar uma permissão do artista e provar que o wallpaper era meu. Queria saber qual o sentido da política de acusa e pune primeiro para depois perguntar e investigar se você é culpado. Assim, qualquer pessoa leviana pode sair reportando violação de direitos autorais e sacanear literalmente várias pessoas que fazem wallpaper somente para diversão.

Aliás, fazer coisas por diversão está cada vez mais difícil atualmente, pois recentemente perdi várias e várias imagens do meu photobucket por 1 mês porque o site simplesmente alterou a política de armazenamento, limitando não somente espaço, coisa que até aí acho normal, mas também a banda de transferência. Como centralizava tudo na minha conta no photobucket, simplesmente estourar 10 Gb de dados trocados é algo muito simples, pois somava-se blog, fóruns, rpgs e outras imagens variadas nesta conta. Simplesmente atualmente fica cada vez mais frustante você fazer um trabalho para fãs como vocês e compartilhar um trabalho com alguém que admira o mesmo artista, obra ou estilo que você...

Sorte do dia by orkut: Um dia sem sorrisos é um dia perdido

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Olhando no espelho

Ao olharmos para um espelho plano nós conseguimos nos ver, literalmente. Vemos como estamos aparentando estar, como estamos nos vestindo, enfim, teoricamente vendo tudo que todos podem ver. Mas será mesmo que olhamos devidamente para nosso corpo e vemos tudo que deveríamos ver ou apenas o que queremos? E será que só a aparência basta? Será que poderíamos ter um autoconhecimento completo de nós mesmos, tanto exteno quanto internamente falando, a ponto de afirmar categoriamente que nos conhecemos 100%?

Lembrei esses dias de uma conversa com uma amiga sobre ocuparmos um cargo muito importante dentro do nosso país, um cargo político provavelmente, onde além de poder também ocorre corrupção. Sabemos que há gente honesta mas também tem gente corrupta nesse meio e a pergunta que essa amiga me fez na conversa era se teríamos certeza absoluta de que não seríamos corrompidos ou que poderíamos ceder a algumas pressões e entrar na corrupção. Minha resposta foi um "acho" que não. Ela já foi com um "acho" que sim. Mas o assunto que surgiu logo depois foi justamente o detalhe do acho. Não tínhamos como ter certeza de como reageríamos a uma situação que não vivenciamos. Embora possamos fazer analogias, não é a mesma coisa.

Considerando que somos pessoas que estamos constantemente fazendo escolhas, ao escolher fazer uma coisa ou outra, ou mesmo não fazer nada, estamos determinando um caminho a seguir em nossa vida e consequentemente descartando uma infinidade de caminhos que poderíamos seguir. Assim sendo, creio que seja impossível nós nos conhecermos por completo, na plenitude do significado disto. Pois nunca teremos vivenciados todas as possibilidades, seja por escolha consciente ou inconsciente, fora que nossa vida é muito curta e não disponibilizamos da onipresença para estar em vários lugares ao mesmo tempo. Além disso, mesmo que possamos ter acesso a informações do mundo todo ao atraso de apenas alguns segundos, quem garante que aquela verdade citada é a única e verdadeira verdade? Podemos estar apenas olhando um dos possíveis vários lados de uma versão completa, logo pegando apenas fragmentos de um evento.

O resumo do texto acima é que por mais que queiramos afirmar que somos completamente cientes de nós mesmo, conhecedores precisos de nosso ser interior, há situações que não temos como sequer imaginar como agiríamos. Quantas pessoas em momentos inesperados, como frente a um acidente ou emergência, se descobrem mais fracos ou mais fortes do que pensavam que eram? Isto ocorre por imaginarem a situação ocorrendo, mas por mais que imaginem, vivenciá-la e sentir as sensações invadindo em poucos momentos seu ser, exigindo as vezes decisões imediatas, podem fazer a pessoa agir de modo que não esperava mesmo. Isso geralmente pode ser dito como "agir por instinto", mas tem vezes que as pessoas dispõem de tempo absurdamente grande para decidir algo que depois de várias reflexões e medidas lhe levaram a tomar uma atitude que nunca antes imaginou. Um exemplo seria ceder a pressões de um grupo de corruptos para ou entrar na roda e ficar calado ou acabar aceitando as consequências de seus atos que podem vir a denunciá-los indiretamente, mesmo que fique calado. Geralmente as consequências dessas coisas não se restringem somente a uma pessoas, mas extende-se a família também.

Mas por vezes, assim como nos olhamos para um espelho e por sermos muito confiantes ou mesmo querer ver algo que não existe ou negar aquilo que não queremos, passamos a achar que não faríamos algo que sabemos que faríamos por justamente querer negar nosso ser. Porque o ser humano final das contas tem seus demônios interiores, sentimentos ocultos que temos até mesmo medo de pensar existem dentro de nós mesmos e que lutamos (pelo menos creio que a maioria lute) contra eles, para controlá-los. As vezes fazer uma autoreflexão podemos acabar confrontando estes demônios internos e ver aquilo que não queremos ver.

Lembrei de ter visto a muito tempo atrás uma ilustração que representava bem como somos em sociedade. Um homem que ele se achava de um jeito, os amigos o viam de outro, a sua esposa de outra forma e seus empregados de uma outra, que por sinal era a pior de todas. Interessante que ao lado tinha a imagem de como o espelho mostrava como ele era e no final das contas não era tão diferente do que todos viam mas também não era igual, tendo diferenças consideráveis. Tudo depende de como nós olhamos uma pessoa e como nos olhamos. Seria como se os nossa mente fosse nosso filtro que separa o que os olhos captam, guardando o que queremos guardar e jogando fora o que queremos descartar, mas não sei se é consciente ou inconsciente. Creio que seja inconsciente, mas psicólogos devem me responder com mais precisão isso depois.

Creio que com a autoreflexão, uma análise sobre nós mesmo, acaba sendo o mesmo. Acabamos olhando para nossa imagem interna e acabamos nos achando "bonzinhos", "otários", "egoístas", "gentis" e assim vai, conforme achamos que deveríamos ser. As vezes é reflexo de uma cultura onde fomos criados, outras vezes para suprir espectativas próprias ou de outros, ainda tendo o que idealizamos ser, mas no fundo acabamos não vendo tudo que deveríamos ver por uma espectativa ilusória de nós mesmos. Por vezes algumas pessoas acabam até quebrando este espelho e se guiando pelo que os outros dizem, e é nesse momento que a pessoa corre o risco de perder a noção de identidade própria, passando a viver com um personagem ou mesmo um boneco para outros, pois nós podemos apresentar várias "personas" em nossa vida, mas a conjunção delas acabam mostrando como nós somos, já que a nossa essência não muda. Somos seres complexos que tem partes "boas" e partes "ruins" dentro de si. Resta sabermos quais devem prevalecer perante cada situação e ter entendimento que dificilmente (eu só não arrisco a palavra nunca para não ser determinista) nos conheceremos por completo no final das contas...

Sorte do dia by orkut: Para conquistar boas coisas, precisamos sonhar e agir

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Kaibutsu Oujo - Monster Princess

Eu já estava afim de ver este anime faz tempo, mas o único fansubber brasileiro que pegou este anime de 2007 até hoje não o concluiu, então me desanimou em acompanhar. Daí o tempo passou e o anime meio que ficou no esquecimento...

Aí um belo dia estava vendo umas imagens e achei da Riza (seria Liza mas japonês não tem fonema L aí fala Riza mesmo), uma personagem muito do tipo que gosto e que é meia-licantropo. Daí lembrei do anime e lembrei que estava vendo animes online, o que me dava a vantagem de ver sem precisar baixar mais de 200 Mb por episódio de BOTs lentos como os que tem nos fansubbers americanos (nada pessoal, mas a maioria dos BOTs dos americanos são bem mais lentos que os dos brasileiros) daí achei para ver no Watchanimeon o anime.

Comecei a ver de curiosidade mesmo, porque tirando a Riza e a vampira Kamura, eu não tinha muito assim interesse pelos personagens. Mas depois de ver como a Hime é, a protagonista que simplesmente tem o nome de princesa mesmo, e perceber que a Flandre é uma pseudo android estilo monstro de Frankstein que fala apenas "fugá" eu passei a gostar do anime, meio que me cativando. Acabei vendo seis episódios brincando, um a cada dia. Não é nenhuma maravilha mas cumpre bem o papel de divertir.

Claro que não deixaria de me prender pela boa trilha sonora. Especialmente que o encerramento é cantando pelo Ali Project, uma banda que sou fã desde Rozen Maiden, e a abertura é bem legal, cantada por Misato Aki. O mais legal foi descobrir que as músicas instrumentais também são de composição de Ali Project, um prato cheio que baixei no Nipponsei, juntamente com os singles de abertura e encerramento. Estou a ouvir agora mesmo a OST e Oumagakoi é muito bonita e é cantada. Ou seja, mesmo que não queira ver o anime mas goste de Ali Project vale a pena baixar a OST e o Single de encerramento.

A história do anime é um tanto comum nesse tipo de anime, mas como é colocada dá para se divertir. Hiro, um garoto que é ainda colegial, vai morar com sua irmã Sawawa que trabalha como empregada para uma jovem. Esta jovem no caso é a Hime. Ele estava na cidade, procurando sua irmã quando ve Hime ter sua vida ameaçada por um acidente, indo para salvá-la, mas no processo, acaba morrendo. Como recompensa, Hime vai no hospital secretamente e reacende a chama da vida do garoto, que agora seria um meio-imortal, mas que passaria a ser servo dela para a eternidade. Com isso ele se envolve em algumas confusões e em a conhecer Riza e depois Kamura, que inicialmente se colocam como adversárias de Hime mas que ela consegue reverter a situação e transformá-las em aliadas.

Interessante é a pose aristocrata de Hime, que procura sempre aparentar uma certa distância e indiferença dos outros mas no fundo se importa mais do que quer demonstrar, chegando a dar a entender ter um coração mole algumas vezes, embora na maioria pareça mais uma sádica. Acabei gostando dela por esses detalhes e pela dubladora Ayako Kawasumi. As outras duas que gosto também são bem legais e carismáticas, com a Riza até fazendo uma dancinha hip-hop no encerramento, embora não tenha nada a ver com a música hahahahaha...

Monster Princess é um bom anime para ficar vendo quando não tiver nada demais para ver ou simplesmente se divertir. Fica a recomendação aí. E uma curiosidade: no ocidente o mangá e posteriormente o anime é conhecido como Princess Resurrection, o que até tem sentido, já que Hime (que na verdade se chama Lillianne mas odeia este nome) tem o poder de ressuscitar as pessoas, transformando-as em seus servos. Ela vive o anime todo fazendo isso com Hiro, logo um título adaptado bem escolhido, embora confunda para achar o anime e o mangá...

Atualização: O fansubber Silex acaba de lançar o torrent com a série completa em versão DVD. Quem quiser basta ter ou fazer cadastro no Haitou e baixar aqui.

Sorte do dia by orkut: Quando as pessoas falam, ouça com atenção. A maioria das pessoas nunca ouve