Ao olharmos para um espelho plano nós conseguimos nos ver, literalmente. Vemos como estamos aparentando estar, como estamos nos vestindo, enfim, teoricamente vendo tudo que todos podem ver. Mas será mesmo que olhamos devidamente para nosso corpo e vemos tudo que deveríamos ver ou apenas o que queremos? E será que só a aparência basta? Será que poderíamos ter um autoconhecimento completo de nós mesmos, tanto exteno quanto internamente falando, a ponto de afirmar categoriamente que nos conhecemos 100%?
Lembrei esses dias de uma conversa com uma amiga sobre ocuparmos um cargo muito importante dentro do nosso país, um cargo político provavelmente, onde além de poder também ocorre corrupção. Sabemos que há gente honesta mas também tem gente corrupta nesse meio e a pergunta que essa amiga me fez na conversa era se teríamos certeza absoluta de que não seríamos corrompidos ou que poderíamos ceder a algumas pressões e entrar na corrupção. Minha resposta foi um "acho" que não. Ela já foi com um "acho" que sim. Mas o assunto que surgiu logo depois foi justamente o detalhe do acho. Não tínhamos como ter certeza de como reageríamos a uma situação que não vivenciamos. Embora possamos fazer analogias, não é a mesma coisa.
Considerando que somos pessoas que estamos constantemente fazendo escolhas, ao escolher fazer uma coisa ou outra, ou mesmo não fazer nada, estamos determinando um caminho a seguir em nossa vida e consequentemente descartando uma infinidade de caminhos que poderíamos seguir. Assim sendo, creio que seja impossível nós nos conhecermos por completo, na plenitude do significado disto. Pois nunca teremos vivenciados todas as possibilidades, seja por escolha consciente ou inconsciente, fora que nossa vida é muito curta e não disponibilizamos da onipresença para estar em vários lugares ao mesmo tempo. Além disso, mesmo que possamos ter acesso a informações do mundo todo ao atraso de apenas alguns segundos, quem garante que aquela verdade citada é a única e verdadeira verdade? Podemos estar apenas olhando um dos possíveis vários lados de uma versão completa, logo pegando apenas fragmentos de um evento.
O resumo do texto acima é que por mais que queiramos afirmar que somos completamente cientes de nós mesmo, conhecedores precisos de nosso ser interior, há situações que não temos como sequer imaginar como agiríamos. Quantas pessoas em momentos inesperados, como frente a um acidente ou emergência, se descobrem mais fracos ou mais fortes do que pensavam que eram? Isto ocorre por imaginarem a situação ocorrendo, mas por mais que imaginem, vivenciá-la e sentir as sensações invadindo em poucos momentos seu ser, exigindo as vezes decisões imediatas, podem fazer a pessoa agir de modo que não esperava mesmo. Isso geralmente pode ser dito como "agir por instinto", mas tem vezes que as pessoas dispõem de tempo absurdamente grande para decidir algo que depois de várias reflexões e medidas lhe levaram a tomar uma atitude que nunca antes imaginou. Um exemplo seria ceder a pressões de um grupo de corruptos para ou entrar na roda e ficar calado ou acabar aceitando as consequências de seus atos que podem vir a denunciá-los indiretamente, mesmo que fique calado. Geralmente as consequências dessas coisas não se restringem somente a uma pessoas, mas extende-se a família também.
Mas por vezes, assim como nos olhamos para um espelho e por sermos muito confiantes ou mesmo querer ver algo que não existe ou negar aquilo que não queremos, passamos a achar que não faríamos algo que sabemos que faríamos por justamente querer negar nosso ser. Porque o ser humano final das contas tem seus demônios interiores, sentimentos ocultos que temos até mesmo medo de pensar existem dentro de nós mesmos e que lutamos (pelo menos creio que a maioria lute) contra eles, para controlá-los. As vezes fazer uma autoreflexão podemos acabar confrontando estes demônios internos e ver aquilo que não queremos ver.
Lembrei de ter visto a muito tempo atrás uma ilustração que representava bem como somos em sociedade. Um homem que ele se achava de um jeito, os amigos o viam de outro, a sua esposa de outra forma e seus empregados de uma outra, que por sinal era a pior de todas. Interessante que ao lado tinha a imagem de como o espelho mostrava como ele era e no final das contas não era tão diferente do que todos viam mas também não era igual, tendo diferenças consideráveis. Tudo depende de como nós olhamos uma pessoa e como nos olhamos. Seria como se os nossa mente fosse nosso filtro que separa o que os olhos captam, guardando o que queremos guardar e jogando fora o que queremos descartar, mas não sei se é consciente ou inconsciente. Creio que seja inconsciente, mas psicólogos devem me responder com mais precisão isso depois.
Creio que com a autoreflexão, uma análise sobre nós mesmo, acaba sendo o mesmo. Acabamos olhando para nossa imagem interna e acabamos nos achando "bonzinhos", "otários", "egoístas", "gentis" e assim vai, conforme achamos que deveríamos ser. As vezes é reflexo de uma cultura onde fomos criados, outras vezes para suprir espectativas próprias ou de outros, ainda tendo o que idealizamos ser, mas no fundo acabamos não vendo tudo que deveríamos ver por uma espectativa ilusória de nós mesmos. Por vezes algumas pessoas acabam até quebrando este espelho e se guiando pelo que os outros dizem, e é nesse momento que a pessoa corre o risco de perder a noção de identidade própria, passando a viver com um personagem ou mesmo um boneco para outros, pois nós podemos apresentar várias "personas" em nossa vida, mas a conjunção delas acabam mostrando como nós somos, já que a nossa essência não muda. Somos seres complexos que tem partes "boas" e partes "ruins" dentro de si. Resta sabermos quais devem prevalecer perante cada situação e ter entendimento que dificilmente (eu só não arrisco a palavra nunca para não ser determinista) nos conheceremos por completo no final das contas...
Sorte do dia by orkut: Para conquistar boas coisas, precisamos sonhar e agir
Lembrei esses dias de uma conversa com uma amiga sobre ocuparmos um cargo muito importante dentro do nosso país, um cargo político provavelmente, onde além de poder também ocorre corrupção. Sabemos que há gente honesta mas também tem gente corrupta nesse meio e a pergunta que essa amiga me fez na conversa era se teríamos certeza absoluta de que não seríamos corrompidos ou que poderíamos ceder a algumas pressões e entrar na corrupção. Minha resposta foi um "acho" que não. Ela já foi com um "acho" que sim. Mas o assunto que surgiu logo depois foi justamente o detalhe do acho. Não tínhamos como ter certeza de como reageríamos a uma situação que não vivenciamos. Embora possamos fazer analogias, não é a mesma coisa.
Considerando que somos pessoas que estamos constantemente fazendo escolhas, ao escolher fazer uma coisa ou outra, ou mesmo não fazer nada, estamos determinando um caminho a seguir em nossa vida e consequentemente descartando uma infinidade de caminhos que poderíamos seguir. Assim sendo, creio que seja impossível nós nos conhecermos por completo, na plenitude do significado disto. Pois nunca teremos vivenciados todas as possibilidades, seja por escolha consciente ou inconsciente, fora que nossa vida é muito curta e não disponibilizamos da onipresença para estar em vários lugares ao mesmo tempo. Além disso, mesmo que possamos ter acesso a informações do mundo todo ao atraso de apenas alguns segundos, quem garante que aquela verdade citada é a única e verdadeira verdade? Podemos estar apenas olhando um dos possíveis vários lados de uma versão completa, logo pegando apenas fragmentos de um evento.
O resumo do texto acima é que por mais que queiramos afirmar que somos completamente cientes de nós mesmo, conhecedores precisos de nosso ser interior, há situações que não temos como sequer imaginar como agiríamos. Quantas pessoas em momentos inesperados, como frente a um acidente ou emergência, se descobrem mais fracos ou mais fortes do que pensavam que eram? Isto ocorre por imaginarem a situação ocorrendo, mas por mais que imaginem, vivenciá-la e sentir as sensações invadindo em poucos momentos seu ser, exigindo as vezes decisões imediatas, podem fazer a pessoa agir de modo que não esperava mesmo. Isso geralmente pode ser dito como "agir por instinto", mas tem vezes que as pessoas dispõem de tempo absurdamente grande para decidir algo que depois de várias reflexões e medidas lhe levaram a tomar uma atitude que nunca antes imaginou. Um exemplo seria ceder a pressões de um grupo de corruptos para ou entrar na roda e ficar calado ou acabar aceitando as consequências de seus atos que podem vir a denunciá-los indiretamente, mesmo que fique calado. Geralmente as consequências dessas coisas não se restringem somente a uma pessoas, mas extende-se a família também.
Mas por vezes, assim como nos olhamos para um espelho e por sermos muito confiantes ou mesmo querer ver algo que não existe ou negar aquilo que não queremos, passamos a achar que não faríamos algo que sabemos que faríamos por justamente querer negar nosso ser. Porque o ser humano final das contas tem seus demônios interiores, sentimentos ocultos que temos até mesmo medo de pensar existem dentro de nós mesmos e que lutamos (pelo menos creio que a maioria lute) contra eles, para controlá-los. As vezes fazer uma autoreflexão podemos acabar confrontando estes demônios internos e ver aquilo que não queremos ver.
Lembrei de ter visto a muito tempo atrás uma ilustração que representava bem como somos em sociedade. Um homem que ele se achava de um jeito, os amigos o viam de outro, a sua esposa de outra forma e seus empregados de uma outra, que por sinal era a pior de todas. Interessante que ao lado tinha a imagem de como o espelho mostrava como ele era e no final das contas não era tão diferente do que todos viam mas também não era igual, tendo diferenças consideráveis. Tudo depende de como nós olhamos uma pessoa e como nos olhamos. Seria como se os nossa mente fosse nosso filtro que separa o que os olhos captam, guardando o que queremos guardar e jogando fora o que queremos descartar, mas não sei se é consciente ou inconsciente. Creio que seja inconsciente, mas psicólogos devem me responder com mais precisão isso depois.
Creio que com a autoreflexão, uma análise sobre nós mesmo, acaba sendo o mesmo. Acabamos olhando para nossa imagem interna e acabamos nos achando "bonzinhos", "otários", "egoístas", "gentis" e assim vai, conforme achamos que deveríamos ser. As vezes é reflexo de uma cultura onde fomos criados, outras vezes para suprir espectativas próprias ou de outros, ainda tendo o que idealizamos ser, mas no fundo acabamos não vendo tudo que deveríamos ver por uma espectativa ilusória de nós mesmos. Por vezes algumas pessoas acabam até quebrando este espelho e se guiando pelo que os outros dizem, e é nesse momento que a pessoa corre o risco de perder a noção de identidade própria, passando a viver com um personagem ou mesmo um boneco para outros, pois nós podemos apresentar várias "personas" em nossa vida, mas a conjunção delas acabam mostrando como nós somos, já que a nossa essência não muda. Somos seres complexos que tem partes "boas" e partes "ruins" dentro de si. Resta sabermos quais devem prevalecer perante cada situação e ter entendimento que dificilmente (eu só não arrisco a palavra nunca para não ser determinista) nos conheceremos por completo no final das contas...
Sorte do dia by orkut: Para conquistar boas coisas, precisamos sonhar e agir
2 comentários:
Olá!!
muito interessante isso o que voce falou!!
Como se o espelho mostrasse os dois lados da moeda de cada pessoa, a parte boa e a parte ruim!! xD
Só que nem sempre conseguimos ver esses dois lados (as vezes só vemos o lado bom e o bonito)
Eu tento não me imaginar fazendo certas coisas, porque acabo ficando insegura se vou mesmo fazer daquele jeito.
bye bye
É, cada um tem um lado bom e ruim em tudo, mas o ser humano tende a ver apenas o lado bom de si mesmo em geral. Esquece-se que também tem muitas falhas u.u
É bom não imaginar não, pois não tem como prevermos tudo que podemos fazer mesmo xD
Tchau e beijos =***
Postar um comentário