
Inicialmente Vou citar uma ideia sobre o termo em português e creio que seja o mais próximo da realidade da palavra: "Uma idéia relativa a algo que se repete com tanta frequência que já se tornou previsível dentro daquele contexto."
Quero justamente discutir sobre clichês em obras artísticas, especialmente literária, televisiva, cinematográfica e afins. Podemos notar que a ideia de "ser clichê", a princípio, não é algo ruim, apenas previsível. Então vamos pensar, será que ser previsível é ruim? Quando se menospreza uma obra chamando-a de clichê em tom pejorativo é por ela ser previsível? Será que realmente o que acreditamos ser algo inovador é mesmo inovador?
Enfim, indo ao assunto, creio que o que é ou não clichê depende de alguns parâmetros: cultura local, cultura recente, conhecimento global e conhecimento histórico. Dei esses nomes por parte de minha cabeça e nem sei se tais termos existem, mas vou tentar explicar o motivo de achar que eles definem bem o que cada um pensa sobre o que é ou não clichê, pois para uma pessoa um filme pode parecer previsível mas para outra não, logo clichê é algo de certo modo discitível.

O ponto é que se eu estou acostumado a ver, ler e ouvir certas coisas, estas coisas passam a ser mais corriqueiras, previsíveis e até chatas. Isso passa a ser clichê para mim. Mas aí que vem os outros dois fatores que citei no início, conhecimento global e histórico. Com conhecimento global posso saber culturas diversas, não ficando apenas na visão local de algo. Assim posso ter acesso a obras do Oriente Médio, da Ásia e outros lugares menos conhecidos, onde estou considerando que Europa e EUA são mais que conhecidos por aqui, sendo EUA mais forte que Europa. O conhecimento histórico é a parte que faz sabermos como os gregos do Império Romano e os europeus medievais viviam, incluindo suas obras artísticas. Ter ou não ter um conhecimento mais amplo faz com que passemos a saber o que é original ou nem tanto comparativamente.
Assim, duas pessoas poderiam ter visto O Gladiador e uma se surpreender com o final que para ele era inesperado e outro achar que seria o final esperado para o rumo tomado no meio ou bem antes do filme. Tudo seria diferenciado que a primeira pessoa se esqueceu ou nunca ouvira falar das tragédias gregas enquanto a segunda pessoa saberia disso e logo associou ao que estava vendo. Resumindamente, o que pode ser clichê para mim, pode não ser para outros por pura questão de cultura e conhecimento.
Mas indo de volta a ideia inicial, mesmo que clichê seja reconhecido, isso não é necessariamente ruim. Um filme de ação espera ter certos elementos presentes e isso todos esperam devido ao clichê associado aos filmes de ação. Idem para outros tipos de filmes. Ou seja, os clichês ajudam a definir um tipo ou tema a ser seguido. Assim, quando você faz a propaganda da obra, seja dinâmica (comerciais em tv ou trailers) ou estática (posters e anúncios em revistas ou jornais) o clichê do gênero da obra é chamado. Tal fato ajuda inclusive a vender e promover a obra se forem bem explorados.

E clichê podem fazer a diferença em uma obra. Vou agora ir um pouco mais para animes e mangas. Um manga que seja um típico manga de comédia onde o protagonista tem uma namorada superpoderosa, pode vir a surpreender justamente em ao longo da trama mostrar elementos que vão além do gênero ou mesmo dar um caminho que não é o esperado. O final inesperado tira o ar de clichê da obra. Assim posso citar dos que me lembro agora, Chobits. Quem leu essa obra de CLAMP sabe que inicialmente o manga parece até uma comédia de harém mas depois ele vai mudando ao longo da trama.
Mas também tem aquela obra que é clichê, não esconde isso, mas usa e aproveita muito bem os elementos clichês de forma a ficar bem agradável para quem veja. Um anime que adoro citar como exemplo é Zero no Tsukaima. Isto porque os clichês usados são utilizados em momentos certos e da forma certa, ficando algo divertido e coerente com o anime, sem ficar chato. Inclusive já tive amigos que mesmo não gostando do gênero de comédia de harém acabou gostando anime por esses motivos. Por isso escolhi o anime para ilustrar esta postagem hoje!

Pensamento do dia: Na Natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma. Antoine Lavoisier
5 comentários:
olá!!
legal seu post sobre clichê.. uma coisa que eu ja achei clichê são as histórias de vampiros, desde crepúsculo, até vamprire kinght (não se se escreve certo)... xD
uma humana se apaixonar por um vampiro!!
eu ainda não pude assistir Zero no Tsukaima, mais parece ser bem divertido... n.n
tente comprar algum livro da agatha christie (procure de bolso, é mais barato)... ^^
até mais
O clichê não é ruim, mas ele tem que ter algo que fique fora do clichê total pra prender atenção XD
>Naty:
Na verdade o clichê nestas histórias não está no vampiro mas sim em "uma garota que se apaixona por um cara teoricamente inalcançável". Outros romances no estilo mostram a garota por um cara muito rico ou mesmo da realeza, só mudou que o dito cujo agora é um ser sobrenatural nesse tipo de clichê xD
>Shishi:
Concordo. Como disse, tem que saber usar os chiclês. Se mudar pelo menos o final do clichê típico ou mesmo desenvolver de forma criativa, ele fica diferente do resto e fazendo a obra, mesmo com clichê, ficar inesquecível.
Parabens hideki lolixD
>Chiizuda:
Obrigado lesada que postou na postagem errada hauhuahuahua... Mas eu te entendi xD
Obrigadão mesmo ^^
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