sábado, 8 de maio de 2010

Como você deseja ser lembrado?

Uma coisa que assusta a muitos é falar sobre a morte, por mais que seja algo mais certo do que muita coisa nessa vida, por mais irônico que pareça dizer isso. A única certeza que temos quando nascemos é que um dia iremos morrer. Mas pensando nisso, como você espera que aqueles que te conheceram vão lembrar de você?

Pode parecer besteira, uma vez que já que morremos, porque nos preocupar como seremos lembrados. Mas será que é besteira mesmo? Muitos pensam em deixar bens materiais, mas isso o tempo, ou a depreparo de quem for receber, tratará de destruir. O tempo é cruel com os materiais e a ganância do ser humano também, então deixar uma empresa para herdeiros despreparados vai dar apenas no que aconteceu com a extinta TV Manchete e as empresas do Grupo Bloch. Fora o fator temporal, não é o que temos e deixamos para os outros que nos faz ser algo, pois mesmo que alguém lembre que você tinha isso ou aquilo com o tempo tais lembranças fracas serão apagadas se não tiver algo mais forte.

Deixar filhos seria uma solução considerada a mais natural. Uns dizem que é deixar sua semente no mundo. Em parte sim, mas apenas se estes filhos forem cuidados e educados por você. Se deixar para outros educá-los, els passarão com o tempo ter mais lembrança da babá e da professora do que dos pais. E mesmo que não seja um terceiro que cuide de seu filho, você não deve simplesmente dizer o que fazer sem dar exemplo, aquele velho "faça o que digo mas não o que eu faço". Assim logo chegamos ao ponto que queria realmente discutir mas que serei breve...

Creio que são nossas ações que fazem sermos ou não lembrados após a morte. Ações muitas vezes transmitem mais de você do que meras palavras. Eu pessoalmente creio que minhas ações vão contar mais para ser lembrado por aqueles mais próximos e que me conheceram do que o que eu tinha ou o que deixei nesse mundo. O ideal de muitos seria ser lembrado como um herói ou alguém que fez a diferença na história. Mas acho que a maioria está longe disso na prática e creio que devemos pensar em ações menores, daí quem sabe estas ações menores contribuam para algo maior, embora seja meio abstrato demais falar isso, mas segue a ideia de que cada um fazendo um pouco contribui para o todo. Eu me contentaria bem se meus amigos, família e pessoas mais próximas se lembrassem com alegria de mim de pelas coisas boas que fiz e por quem eu fui, até porque não tenho grandes bens mesmo para ser lembrado pelo que possui e nem tenho filhos e nem pretendo ter mais como em um passado distante...

Para quem não me conhece nem ligo no fundo de como vão se lembrar de mim, pois sem me conhecer vão ter apenas uma impressão superficial mesmo e om certeza não irei agradar a todos também. Assim vivo para que minhas ações sejam boas ou pelo menos são feitas com as melhores intenções, embora nem sempre são bem compreendidas, mas isso já seria outro assunto para outra postagem... Bem, espero que essa reflexão meio confusa ajude quem ler a refletir na vida, pois por mais que tenha falado de morte, no fundo foi uma reflexão da vida... Se há ou não algo após a morte deixo para discutir em uma próxima postagem, quem sabe na próxima.

Pensamento do dia: A única coisa tão inevitavel quanto a morte é a vida. Charles Chaplin

2 comentários:

Caio Blacksand Mellis disse...

Engraçado que eu não me lembrava de já estar quase um mês sem visitar seu blog... Tempo de merda esse meu! -_-!

Enfim, ontem vi um filme (Peixe Grande e Outras histórias) que deixou bem claro para mim (frase final do personagem) a maneira como eu quero ser lembrado um dia.

Não pelos meus feitos, pela forma como vivi ou pelo que produzi... Mas pelas histórias que por toda minha vida contei. Sejam elas reais ou nem tanto assim.

Hidekee disse...

> Blacksand:

É né, fui abandonado ç.ç'

HUAHUAHUAHUAU... Essa frase é muito Forest huahuahuahua...